Funcionários denunciam Enciza Engenharia por condições análogas à escravidão na pavimentação da MA-119 - Portal Diário de Tutóia

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Funcionários denunciam Enciza Engenharia por condições análogas à escravidão na pavimentação da MA-119



Funcionários da Enciza Engenharia que presta serviço para o Governo do Maranhão, denunciam condições análogas à escravidão durante a pavimentação da MA-119 no trecho que liga Santa Luzia do Tide até Altamira do Maranhão. De acordo com a denúncia, eles trabalham sem carteira assinada e vivem em condições subumanas, degradantes de trabalho e moradia.
 

De acordo com os funcionários, eles trabalham de domingo a domingo, sem carteira assinada, são transportados em caminhões pau de arara, sem nenhuma segurança, além de uma refeição de péssima qualidade que é servida aos trabalhadores.
 

Já na parte da noite o sofrimento continua, eles dividem pequenos cômodos de uma casa como dormitório, sem um espaço adequado eles se aglomeram em redes para descansar e voltar ao trabalho no dia seguinte.

O alojamento segundo um dos trabalhadores é  infestado por ratos e baratas e não possuí geladeira, ventilação natural, cadeiras, sofás ou qualquer lugar para descanso, possui apenas um banheiro sem condições mínimas de higiene pessoal. Os trabalhadores se alternam entre redes para dormir e dividir o pequeno espaço. As roupas são lavadas no banheiro e penduradas em varais dentro do cômodo, o que causava um forte cheiro de mofo. A instalação elétrica é precária, causando risco de incêndio.
 

A obra de pavimentação da MA-119 no valor de mais de R$ 40 milhões é apenas mais um dos contratos milionários da Enciza Engenharia Civil, de propriedade de José Lauro de Castro Moura, que vem fazendo fortuna no Maranhão, prestando serviços para prefeituras e o Governo do Estado. A empresa já se envolveu em vários escândalos, incluindo o nacionalmente como “Estradas Fantasmas”. À época, o governo de José Reinaldo Tavares teria liberado recursos do Tesouro Estadual de R$ 8,4 milhões em obras contratadas. Nas apurações daquela época, o Ministério Público Estadual confirmou que foram cerca de R$ 5 milhões desviados em obras inexistentes.



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