Um
craque e uma pitada de sorte são o que tem bastado para Portugal na Copa do
Mundo. Uma cabeçada fulminante de Cristiano Ronaldo aos quatro minutos de jogo
foi o suficiente para vencer e eliminar o Marrocos por 1 a 0, em Moscou. A
seleção africana pressionou e tentou de tudo para evitar a derrota e garantir
vida extra, mas esbarrou no azar e no goleiro Rui Patrício, que se mostrou
seguro para evitar o resultado. A seleção portuguesa dependerá de suas próprias
forças na última rodada, quando enfrentará o Irã para decidir uma vaga nas
oitavas de final.
Cristiano Ronaldo está apressado neste Mundial. Depois
de sofrer o pênalti e abrir o placar em apenas quatro minutos contra a Espanha,
o craque demorou o mesmo tempo para balançar a rede do Marrocos. Em mais um gol
de bola parada na Copa, o artilheiro se desmarcou de Manuel da Costa após
escanteio de Cédric e ainda abaixou para cabecear firme, sem chances para
Munir. O 85º gol de Cristiano por Portugal o transformou em maior artilheiro da
história das seleções europeias.
Apesar
da desvantagem precoce, era o Marrocos que tomava a iniciativa desde o início,
enquanto Portugal esperava para contra-atacar. A defesa portuguesa se virava
como podia a cada investida dos marroquinos, que quase não eram ameaçados. Em
rara escapada, Cristiano Ronaldo quase marcou o segundo aos oito, mas o chute
saiu à direita da meta.
A velocidade e os passes rápidos de Amrabat, Belhanda e
Ziyech, com apoio dos laterais Dirar e Achraf, representavam um perigo
constante, mas Rui Patrício se mostrava seguro em todas as intervenções.
Portugal só teve outra oportunidade aos 38. Dessa vez como garçom, Cristiano
saiu da área e serviu Gonçalo Guedes, que chutou para boa defesa de Munir. Nos
acréscimos, Benatia ficou livre após desvio no jogo aéreo, mas não alcançou a
bola.
O cenário do primeiro tempo se repetiu no segundo.
Marrocos seguiu pressionando em busca do empate, e Portugal ficou atrás
esperando uma oportunidade de contragolpe que quase não aparecia.
Aos dez, Rui Patrício encaixou finalização perigosa de
Belhanda. Um minuto depois, o duelo foi o mesmo, e Rui Patrício fez milagre
para defender cabeçada para o chão do camisa 10. Ziyech, o mais participativo
do Marrocos, cobrou falta com perigo aos 22, e a bola saiu por cima. Na segunda
falta que bateu perto da área, Cristiano Ronaldo carimbou novamente a barreira,
já aos 39.
A pressão marroquina se intensificou nos minutos
finais, mas o dia era mesmo de Portugal. Ziyech teve a melhor oportunidade aos
45. O meia recebeu pela direita, limpou a marcação e bateu. Pepe apareceu como
o salvador da pátria para desviar o chute que tinha endereço certo. Benatia,
que virou praticamente um atacante na etapa final, teve a última chance aos 48.
Em sobra de bola aérea, o zagueiro e capitão finalizou por cima.
Portugal: Rui
Patrício; Cédric, Pepe, José Fonte e Raphaël Guerreiro; Bernardo Silva (Gelson
Martins), João Moutinho (Adrien Silva), William Carvalho e João Mário (Bruno
Fernandes); Gonçalo Guedes e Cristiano Ronaldo.
Marrocos: Munir,
Dirar, Benatia, Manuel da Costa e Achraf Hakimi; El-Ahmadi (Fajr), Boussoufa,
Nordin Amrabat, Belhanda (Carcela) e Ziyech; Boutaïb (El-Kaabi).
Juiz: Mark
Greiger (Estados Unidos).
Cartões amarelos: Adrien
Silva e Benatia.
Fonte: Jornal do Brasil (Guilherme Bianchini)
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