Maranhão é o segundo estado com a maior taxa de
analfabetos com 15 anos mais no Brasil. De acordo com dados divulgados essa
semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Maranhão
registrou taxa de 16,7%, ficando abaixo, apenas, do estado de Alagoas, que
registrou taxa de 18,2%.
De modo geral, a taxa de analfabetismo da população
com 15 anos ou mais de idade no Brasil caiu de 7,2% em 2016 para 7,0% em 2017,
mas não alcançou o índice de 6,5% estipulado, ainda para 2015, pelo Plano Nacional
de Educação (PNE). As informações estão no módulo Educação da Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios, divulgado pelo IBGE.
Em números absolutos, a taxa representa 11,5
milhões de pessoas que ainda não sabem ler e escrever. A incidência chega a ser
quase três vezes maior na faixa da população de 60 anos ou mais de idade,
19,3%, e mais que o dobro entre pretos e pardos (9,3%) em relação aos brancos
(4,0%).
Quatorze das 27 unidades da federação, porém, já
conseguiram alcançar a meta do PNE, mas o abismo regional ainda é grande,
principalmente no Nordeste, que registrou a maior taxa entre as regiões, 14,5%.
As menores foram no Sul e Sudeste, que registraram 3,5% cada. No Centro-Oeste e
Norte, os índices ficaram em 5,2% e 8,0%, respectivamente.
A meta de garantir que 85% dos alunos do ensino
médio estejam na idade esperada para a etapa também não foi alcançada. Em 2017,
apenas 68,4% dos estudantes estavam na etapa esperada para a idade, mostrando
pouca variação em relação a 2016, 68%.
No ensino fundamental, a meta, estipulada em 95%,
já havia sido cumprida no ano passado, quando foi registrado 96,5%, subindo
para 96,9% em 2017. Porém, ao observar o recorte do 6º ao 9º ano, esse número
cai para 85,6%.
“É um efeito dominó. Por exemplo, se o aluno repete
um ano no ensino fundamental provavelmente ele vai começar o médio já com
atraso. Isso ajuda a explicar porque a taxa é mais crítica nessa etapa”,
explica a pesquisadora do IBGE Marina Águas.
Cresce proporção de pessoas com ensino superior e
cai número de não escolarizados
Por outro lado, houve aumento no percentual de
pessoas com 25 anos ou mais idade com ensino superior completo, passando de
15,3% em 2016 para 15,7% em 2017. Entre os brancos, 22,9 % haviam concluído
essa etapa, e na população preta e parda, 9,3%. Em 2016, esses números ficaram
em, respectivamente, 22,2% e 8,8%.
Já a taxa de pessoas sem instrução, ou seja,
aquelas de 25 anos ou mais que não completaram nenhum ano do ensino
fundamental, caiu de 10,7% em 2016 para 8,8% no ano passado. Regionalmente, a
maior incidência foi observada no Nordeste, 16,5%, e a menor no Sudeste, 5,5%.
Fonte: Imirante.Com
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