Polícia Civil de São Paulo cumpre na manhã
desta quinta-feira (14) 75 mandados de prisão e 59 de busca e apreensão em 14
estados contra uma célula do PCC, facção que age dentro e fora dos presídios. O
grupo investigado é responsável por acirrar disputa de facções no país,
elevando o número de assassinatos.
A célula do PCC
investigada pela operação nomeada de Echelon, resultado de uma parceria da
polícia com o Ministério Público e a Secretaria de Administração Penitenciária
de São Paulo, atua em outros estados e países vizinhos.
As investigações
começaram a partir de trechos de manuscritos encontrados nos esgotos do
Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo,
por agentes penitenciários. A Polícia Civil identificou sete líderes e
confirmou a existência da célula “sintonia de outros estados e países”.
Os criminosos
teriam assumido as funções da “sintonia” quando os líderes da organização
criminosa ficaram isolados no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), em 2016,
em decorrência da operação Ethos, que revelou esquema envolvendo advogados da
facção.
As investigações
identificaram a participação de 103 pessoas na célula, dos quais 75 têm mandado
de prisão nesta quinta em São Paulo (35 mandados), Mato Grosso do Sul,
Paraná, Rio Grande do Sul, Pará, Alagoas, Minas Gerais, Goiás, Tocantins,
Roraima, Rio Grande do Norte, Acre, Amapá e Maranhão.
Alguns, por já
estarem presos, terão mandados cumpridos nas prisões onde estão.
“A deflagração
da operação também tem por finalidade investigar o envolvimento em outros
homicídios e desaparecimentos de pessoas em todo o país, a partir de um domínio
único dos líderes da organização que engendraram o esquema criminoso. Durante
as investigações, foram apreendidas mais de uma tonelada de drogas e preso, no
aeroporto de Guarulhos, quando retornava da Bahia, em maio, um dos líderes
dessa célula criminosa que autorizava mortes quase que diariamente”, diz a
polícia.
Fonte: G1
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