Uma classe de remédios que derruba pra valer o LDL
passa pelo teste final e mostra seu poder de fogo contra infartos e derrames
Classe de remédios injetáveis
reduz o colesterol ruim e, assim, ajuda na prevenção de doenças cardíacas
(Foto: Luiz Carlos Lhacer)
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Aprovados desde
2016 no Brasil, os inibidores de PCSK9 já tinham demonstrado que são capazes de
diminuir bastante o LDL, o colesterol ruim. Mas ainda havia gente se
perguntando se essa queda nos níveis de gordura estaria relacionada a um menor
número de problemas como ataque cardíaco e AVC.
Enfim veio nova
prova: numa pesquisa com 18 mil pacientes, a droga alirocumabe, das
farmacêuticas Sanofi e Regeneron, reduziu o risco de piripaques
cardiovasculares em 24%. “Não tínhamos grandes avanços no tratamento do
colesterol desde a década de 1980″, comemora o cardiologista brasileiro Renato
Lopes, professor da Universidade Duke, nos Estados Unidos, e coordenador da
pesquisa.
O evolocumabe,
do laboratório Amgen, que também integra essa classe terapêutica, já havia
obtido os mesmos resultados positivos anteriormente.
Para
quem ele é indicado?
Os inibidores
de PCSK9 são injetáveis e aplicados uma vez ao mês ou a cada 15 dias. No
Brasil, ele pode ser prescrito nos casos de hipercolesterolemia familiar, uma
condição genética relativamente comum que faz o colesterol ir às alturas, ou
para pessoas que não conseguem fazer o controle com as estatinas.
Comprimido
antes de botar um stent no peito
As estatinas
são o medicamento mais consagrado no controle do colesterol. Mas será que usar
uma dose desse fármaco após um infarto traria benefícios? Um estudo do Hospital
do Coração (SP) indica que a medida pode realmente ser bem-vinda. Dos 4 200
pacientes que foram ao serviço de emergência depois de um ataque cardíaco,
metade tomou o comprimido, enquanto a outra parcela engoliu pílulas sem
princípio ativo.
“De acordo com
os resultados, o uso da estatina reduz as mortes entre os indivíduos que
precisaram passar por uma angioplastia ou pela colocação de um stent nas
artérias do coração”, diz o cardiologista Alexandre Biasi, diretor do Instituto
de Pesquisa do centro médico paulistano. Acredita-se que a estatina tenha um
efeito anti-inflamatório e aumente o calibre dos vasos sanguíneos.
Fonte: André Biernath / Jornal Pequeno
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