A
campanha visa incentivar a amamentação materna exclusiva até os seis
meses de vida.
BRASIL -
Com o slogan 'Amamentação
é a Base da Vida', a nova campanha de aleitamento, lançada nesta
sexta-feira (27), em alusão à Semana Mundial da Amamentação (1° a 7 de agosto),
reforça a importância do leite materno para o desenvolvimento das crianças até
dois anos e exclusivo até os seis meses de vida, orientação preconizada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além de
reduzir em 13% a mortalidade por causas evitáveis em crianças menores de cinco
anos, a amamentação materna também reduz casos de diarreia, infecções
respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.
A nutricionista Maria Rosa Rodrigues, 32 anos, é mãe do
Leonardo, de 4 anos, e da Beatriz, de 1 ano e 11 meses. Pouco antes do
primogênito completar 30 dias de vida, ela perdeu o pai em um acidente de
trânsito. E, mesmo em meio à tristeza e às dificuldades, decidiu que não
desistiria de amamentar o bebê. “Resolvi focar no meu amor pelo meu filho. E,
naquele momento da amamentação, eu era feliz”, contou. Leonardo mamou até quase
2 anos, quando parou por conta própria, sem ter de passar pelo chamado desmame
forçado. A irmã caçula, Beatriz, segue mamando até hoje, às vésperas do segundo
aniversário.
A
história de superação de Maria Rosa se repete em cada uma das mães que
participaram da cerimônia de lançamento da Campanha de Aleitamento Materno, na
sede da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A atriz e madrinha da
campanha, Sheron Menezzes, compareceu ao evento acompanhada do filho Benjamin,
de 9 meses. “É importante para mim estar aqui, emprestando a nossa imagem e
conscientizando pessoas”, disse. “Amamento o Ben em qualquer lugar. Se meu
filho tem fome, eu amamento. Não é vergonha não. É saúde para ele”, reforçou.
O
representante da Opas no Brasil, Joaquín Molina, descreveu a amamentação como
um dos gestos mais generosos que podem existir, ao se dirigir às mães reunidas
no salão principal da entidade. “Nunca esse auditório esteve tão lindo como
hoje. Elas trazem uma mensagem de vida, de saúde e de bem-estar”, disse, ao
destacar que o aleitamento funciona como uma primeira vacina para o bebê, já
que protege de doenças potencialmente perigosas. Molina alertou, entretanto,
que, nas Américas, pouco mais da metade das crianças é amamentada nas primeiras
horas de vida, enquanto apenas 39% seguem mamando até os 2 anos.
“Amamentar é doar aquilo que é seu, que é gratuito, que
é amor e que ajuda a salvar vidas”, disse o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
Durante a cerimônia, ele lembrou que, na próxima semana, mais de 150 países –
incluindo o Brasil – participam da Semana Mundial da Amamentação, promovida
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os desafios no país, Occhi citou
a ampliação de salas para amamentação dentro de empresas, instituições e nos
próprios órgãos de governo.
Fonte: Agência Brasil e Agência Saúde
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