Gleisi
diz que vai até as últimas consequências para garantir ex-presidente na disputa
BRASÍLIA — O Partido dos Trabalhadores (PT)
protocolou nesta quarta-feira o pedido de registro de candidatura de Luiz
Inácio Lula da Silva à Presidência da República. Fernando Haddad,
indicado como vice, Manuela D'Avila, do PCdoB, a ex-presidente Dilma
Rousseff e a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, estiveram no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para deixar a documentação e fazer um gesto
em defesa do ex-presidente.
Os deputados Zeca Dirceu (PT-PR), Paulo Teixeira (PT-SP) e Luciana Santos (PCdoB-PE) também foram ao protocolo do TSE. Zeca Dirceu chegou a ser barrado, mas depois foi liberado. Antes de entrar na sala, ao ser questionada sobre a possibilidade de indeferimento do registro de candidatura, Gleisi disse:
Os deputados Zeca Dirceu (PT-PR), Paulo Teixeira (PT-SP) e Luciana Santos (PCdoB-PE) também foram ao protocolo do TSE. Zeca Dirceu chegou a ser barrado, mas depois foi liberado. Antes de entrar na sala, ao ser questionada sobre a possibilidade de indeferimento do registro de candidatura, Gleisi disse:
— Nós vamos lutar até as últimas
consequências, e Lula será o nosso candidato.
Pela manhã, Haddad visitou militantes que
fazem greve de fome em protesto à prisão de Lula. Depois, participou do
lançamento do livro "Caravana da Esperança: Lula pelo Nordeste", onde
criticou a prisão de Lula, ao lado de Gleisi.
— É um estado de exceção, parece que todas
as instituições resolveram se organizar e criar um direito paralelo para tratar
do presidente Lula, parece que o direito que vale para todos nós, não vale para
ele — disse.
No Senado, depois do evento com Haddad,
Gleisi anunciou que o PT irá chamar para falar ao Congresso o ministro da
Segurança Pública, Raul Jungmann, a procuradora-geral da República, Raquel
Dodge, o desembargador do Tribunal Regional Federal da Quarta Região Thompson
Flores e o diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro. Ao todo, os
petistas protocolaram nove requerimentos pedindo esclarecimentos sobre o dia 8
de julho, quando uma série de decisões conflitantes sobre a liberdade de Lula
foram expedidas pela Justiça.
Condenado em segunda instância no caso do
tríplex, Lula cumpre os requisitos para ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
Como está preso em Curitiba, coube a Fernando Haddad, formalizado como
candidato a vice, a tarefa de entregar no TSE os documentos do petista. O
registro do PT, que poderia ser feito pela internet, foi transformado num ato
político, com militantes do MST do lado de fora do tribunal. Simpatizantes de
Lula se concentram desde ontem na região central de Brasília.
Ministros do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) estão empenhados em definir ainda em agosto a situação da
candidatura do ex-presidente. O objetivo é evitar que o horário eleitoral
gratuito no rádio e na TV, que começa no dia 31 deste mês, tenha início com o
quadro de candidatos indefinido. A tendência da Corte é negar o registro. No
entanto, existe uma série de prazos na lei a serem cumpridos em caso de alguém
contestar a candidatura. Por isso, os ministros estão dispostos a dar
prioridade ao caso.
MERVAL
PEREIRA: A chegada de Lula à lua
Durante a posse de Rosa Weber na
presidência do TSE na noite de terça-feira, a procuradora-geral da República,
Raquel Dodge, criticou o uso de dinheiro público por pessoas
"inelegíveis". Segundo ela, só quem cumpre a lei pode concorrer. A
procuradora-geral já avisou anteriormente que poderá pedir que Lula devolva aos
cofres públicos o dinheiro eventualmente gasto em campanha.
MÍRIAM
LEITÃO: A ficção conveniente
Pelo menos um partido, o Novo, também
já está com texto pronto para pedir a impugnação. O candidato a presidente
João Amoêdo decidiu fazer dois pedidos ao TSE. O primeiro pede a impugnação da
candidatura de Lula. O segundo, a retirada do petista da campanha eleitoral.
Amoêdo diz que fará o pedido tão logo o TSE abra prazo para contestações.
OS
CAMINHOS DA CHAPA PETISTA
Como funcionam os prazos da Justiça
Eleitoral e as possíveis consequências caso o registro seja negado
Fonte: O
Globo
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