Velório deve durar até as 14h de terça (12) e depois
corpo será cremado em cerimônia privada para familiares.
O corpo do jornalista Ricardo Boechat será
velado a partir das 22h desta segunda-feira (11) no Museu da Imagem e do Som
(MIS), nos Jardins, em São Paulo. Boechat, de 66 anos, morreu no início da
tarde desta segunda após o helicóptero em que estava, cair na Rodovia
Anhanguera.
O velório é aberto ao público e deve
ocorrer até as 14h de terça-feira (12). Em seguida, o corpo será cremado em uma
cerimônia privada com a família. O local da cremação não foi divulgado.
Boechat era apresentador do Jornal da Band
e da rádio BandNews FM e colunista da revista "IstoÉ". Ele trabalhou
nos jornais “O Globo”, “O Dia”, “O Estado de S. Paulo” e “Jornal do Brasil”.
Na década de 1990, Boechat teve uma coluna
diária no "Bom Dia Brasil", na TV Globo, e trabalhou no "Jornal
da Globo". Foi ainda diretor de jornalismo da Band e teve passagem pelo
SBT. Ele ganhou três vezes o Prêmio Esso, um dos principais do jornalismo
brasileiro.
A morte do jornalista causou comoção entre
políticos, personalidades e jornalistas.
Acidente
O helicóptero em que estava o jornalista
caiu na Rodovia Anhanguera, em São Paulo, no início da tarde desta
segunda-feira (11) e bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava
pela via.
Além de Boechat, estava o piloto Ronaldo
Quattrucci, que também morreu no local do acidente.
Segundo o capitão Paiva, da Polícia
Militar, a aeronave tentou pousar no acesso do Rodoanel com a Rodovia
Anhanguera quando "um caminhão que havia acabado de passar pela praça de
pedágio na faixa do sem parar não teve tempo hábil de frear e colidiu com a
aeronave ainda pousando".
Depois de apresentar jornal na Band News
FM, na capital paulista, Boechat seguiu para um evento organizado para uma
indústria farmacêutica, em um hotel em Campinas, no interior de São Paulo.
O helicóptero saiu de Campinas às 11h45, no
interior do estado, onde Boechat participou nesta manhã de um evento, e seguia
em direção à sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul .
A queda ocorreu na rodovia Anhanguera,
próximo ao Rodoanel: a aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que
transitava pela via. Segundo testemunhas, o piloto tentava fazer um pouso de
emergência.
"De acordo com o Registro Aeronáutico
Brasileiro (RAB), a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade
válido, bem como a Inspeção Anual de Manutenção, ou seja, em situação
regular", diz nota da Anac.
Empresa dona do helicóptero que Boechat
estava foi multada pela ANAC em 2011
Investigações
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
afirmou que o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde
desta segunda-feira (11), em que o jornalista Ricardo Boechat e o piloto
Ronaldo Quattrucci morreram, não podia fazer táxi aéreo, mas sim prestar
serviços de reportagem aérea.
A agência abriu procedimento administrativo
para apurar o tipo de transporte que estava sendo feito.
" A aeronave de matrícula PT-HPG,
acidentada hoje, em São Paulo, era operada e pertencia à empresa RQ Serviços
Aéreos Especializados LTDA. A empresa possui autorização da ANAC para prestar
Serviços Aéreos Especializados (SAE), que incluem aerofotografia, aeroreportagem,
aerofilmagem, entre outros do mesmo ramo. A aeronave acidentada também estava
certificada na categoria SAE. Qualquer outra atividade remunerada fora das
mencionadas não poderia ser prestada. Tendo em vista essas informações, a ANAC
abriu procedimento administrativo para apurar o tipo de transporte que estava
sendo realizado no momento do acidente", diz a nota.
Investigadores do Centro de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, também abriram
investigação sobre a queda.
Perfil
Filho de diplomata, Ricardo Eugênio Boechat
nasceu em 13 de julho de 1952, em Buenos Aires. O pai estava a serviço do
Ministério das Relações Exteriores na Argentina.
Boechat era recordista de vitórias no
Prêmio Comunique-se – e o único a ganhar em três categorias diferentes (Âncora
de Rádio, Colunista de Notícia e Âncora de TV).
Em pesquisa do site Jornalistas & Cia
em 2014, que listou cem profissionais do setor, Boechat foi eleito o jornalista
mais admirado. Ele lançou em 1998 o livro “Copacabana Palace – Um hotel e sua
história” (DBA).
O jornalista deixa a mulher, Veruska, e
seis filhos.
Fonte: G1
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