Uma
heroína. Não existe outra forma de descrever a atitude de Leiliane Rafael da
Silva. A jovem de 29 anos estava em uma moto quando, de repente, viu um
helicóptero se chocar com um caminhão. Era o acidente que matou o piloto,
Ronaldo Quattrucci, e o jornalista Ricardo Boechat. Tudo aconteceu na Via
Anhanguera, em São Paulo.
Com
29 anos, a vendedora não pensou duas vezes e fez tudo o que estava em seu
alcance para salvar possíveis vítimas. Enquanto alguns homens insistiam em
filmar as chamas, a mulher escalou a cabine do caminhão, arrancou os pedaços do
helicóptero e puxou o motorista.
“Uma pessoa pulou do helicóptero. O piloto ficou dentro do
helicóptero. A pessoa que caiu na pista era o que tinha pulado primeiro. Ele
pulou na pista, caiu no chão, e o helicóptero caiu em cima dele”, revelou a
vendedora Leiliane Rafael da Silva, de 29 anos, no 46º Distrito Policial onde o
caso foi registrado.
Leiliane
quebrou o vidro com um capacete
Ela
conta que foi impedida de chegar perto do helicóptero por funcionários da
concessionária administradora da rodovia pelo risco de explosão. “Mas eu queria salvar ele. Porque o piloto
não pulou, ficou dentro do helicóptero. A minha intenção ali na hora era tirar
ele de lá. Eu tinha que ter tirado ele de lá. Tinha que ter puxado para o meio
da pista. O outro moço já tinha morrido”, declarou ao G1.
Leiliane
estava na garupa de uma moto pilotada pelo marido. Os dois seguiam no sentido
de Cajamar, quando passaram ao lado do caminhão atingido. A moça explica que
quebrou o vidro com o capacete para salvar o motorista.
“Eu acho que poderia ter feito mais alguma coisa e não me deixaram.
Eu devia ter corrido lá e puxado ele. Só que agora que eu estou aqui e que eu
já sei que não tinha mais como tirar ele de lá, porque explodiu novamente. Eu
vejo que eu podia ter morrido junto com ele”, finalizou.
Ela
tentou salvar Boechat, mas não conseguiu
O
motorista do caminhão teve ferimentos leves e passa bem. A Polícia Rodoviária
Federal (PRF) pontua que o veículo deixava o pedágio em baixa velocidade, mas
não o suficiente para evitar o choque.
Ricardo
Boechat voltava de uma palestra em Campinas, no interior de São Paulo, quando o
acidente aconteceu. Ele estava há pouco minutos de pousar no heliponto do Grupo
Bandeirantes no Morumbi, Zona Sul da capital paulista.
O
helicóptero caiu na Rodovia Anhanguera por volta do meio-dia. 15 minutos depois
da decolagem. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apura as causas do
acidente. O órgão afirma que empresa não tinha autorização para fazer táxi
aéreo, apenas para prestar serviços de reportagem aérea.
A
RQ Serviços Aéreos foi contratada pela Zum Brasil, que por sua vez foi
contratada pela farmacêutica Libbs para organizar o evento em Campinas.
Fonte: Hypeness
Nenhum comentário:
Postar um comentário