Segundo a candidata, durante a campanha, Roberto Silva
Soares, ex-assessor de gabinete do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio,
pediu que ela o encontrasse em um hotel e propôs que ela ficasse com apenas 10%
da verba do fundo partidário.
Em mais um capítulo do episódio envolvendo
o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e as candidaturas laranja de
mulheres, Adriana Moreira Borges, candidata ao cargo de deputada federal pelo
PSL de Minas Gerais, contou ao repórter Thiago Herdy, do Jornal O Globo, como
foi abordada pelo ex-assessor de gabinete do ministro na Câmara dos Deputados e
primeiro-secretário do PSL em Minas, Roberto Silva Soares.
Adriana, que afirma ser “ativista política”
desde 2014, declarou que queria “ajudar Bolsonaro a mudar o país” e que a
proposta de devolver parte da verba do fundo partidário a deixou em choque.
“Nós que entramos no PSL achávamos que este era um partido do bem. Queríamos
mudar este país. Que nojeira”, disse.
Segundo a candidata, durante a campanha,
Roberto Silva Soares, mais conhecido como Robertinho Soares, pediu que ela o
encontrasse em um hotel em Belo Horizonte.
“Pediu para eu subir no apartamento,
perguntei se ele tinha posição sobre o que eu pleiteava, que era ser presidente
do PSL mulher. Ele disse que estava encaminhado. Mas, na verdade, eles estavam
me enrolando, porque a prioridade era só eleger o Marcelo [presidente do PSL de
Minas Gerais, na época]. Perguntei do fundo partidário. Foi quando ele me fez
uma proposta para que eu recebesse R$ 100 mil. Ficaria com 10% para minha
campanha e assinaria cheques em branco para que ele pudesse, com os R$ 90 mil
restantes, pagar a campanha de outros candidatos”, contou Adriana.
A então candidata afirmou ter recusado a
proposta e ligado para o pai, que é advogado. “Ele disse que eu agi muito bem,
por ter descartado isso. Eles estavam me usando como número, apenas para ter
uma cota. Dias depois, voltei a ligar para o Robertinho, pedi R$ 30 mil para
fazer campanha. Ele começou a rir. Passou o contato do Marcelo, disse que ele
decidia sobre o assunto. Não liguei”, afirmou.
Adriana disse ter levado sua campanha
adiante com uma doação do empresário Salim Mattar, atual Secretário de Privatizações
do governo. Ela teve 12 mil votos. Afirmou, ainda, que não levou o caso a
Bolsonaro. “Não quis levar, fiquei tão frustrada, quis retirar a candidatura”
Fonte:
Revista Fórum
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