Um avião monomotor caiu em um bairro
residencial de Belo Horizonte (MG), na manhã de hoje (21). Segundo o Corpo de
Bombeiros, três pessoas morreram na queda da aeronave, que tinha acabado de
decolar do Aeroporto Carlos Prates. Outras três pessoas ficaram feridas em
virtude do acidente.
O Cirrus SR20 prefixo PR-ETJ – fabricado em
2007 - foi adquirido em julho deste ano por Srrael Campras dos Santos. Até
então, a aeronave pertencia à empresa Helicon Táxi Ltda Aéreo, sediada em
Colombo, no Paraná, cujos representantes informaram à Agência Brasil que
o monomotor estava em condições regulares de uso. A reportagem ainda não
conseguiu contato com Campras. O avião estava em situação de aeronavegabilidade
normal.
O aparelho caiu em uma área residencial do
bairro Caiçara, na região Noroeste da capital mineira, perto das 9 horas. Os
mortos, segundo o Corpo de Bombeiros, são um ocupante do avião; uma pessoa que
estava dentro de um dos três veículos atingidos em solo pela aeronave e,
possivelmente, um pedestre que passava pelo local no momento do acidente.
Os nomes dos mortos e dos feridos não foram
divulgados.
Vítimas são socorridas
Equipes da Polícia Militar (PM), da Guarda
Municipal, do Serviço de Atendimento Móvel (Samu) e do Centro de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estão no local socorrendo as
vítimas e colhendo os primeiros indícios para apurar as causas do acidente.
Este é o segundo acidente do tipo registrado
este ano no bairro Caiçara. Em abril, um monomotor modelo Socata ST-10
Diplomate caiu sobre a rua Minerva, matando o piloto, o médico Francisco
Fabiano Gontijo, 47 anos, e um instrutor de voo.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil
(Anac) informou, na época, a aeronave estava voando com a Inspeção Anual de
Manutenção (IAM) vencida. Obrigatório, esse documento deve ser renovado
anualmente.
Moradora ouviu barulho muito forte
Moradora de uma casa a poucos metros do local
onde o avião caiu, no cruzamento das ruas Rosinha Sigaud com Minerva, Célia
Abadia Boy contou que ouviu um barulho muito forte, semelhante a uma explosão,
e correu para a janela.
“Da minha casa dá para ver o local onde o
avião caiu. A primeira coisa que eu vi foi o avião e carros pegando fogo. E,
então, vi pessoas correndo, gritando e uma delas estava em chamas”, narrou
Célia.
“Fiquei muito nervosa. Chorei muito. Até
porque, nós que moramos na rota dos aviões do aeroporto, vivemos com medo, com
um pressentimento de que um avião está sempre para cair sobre nossas cabeças,
sobre nossas casas”, acrescentou Célia, que há 30 anos mora no bairro e já
presenciou outros acidentes.
“Estes dois últimos [o primeiro foi em abril]
foram mais graves e tiveram mais destaque, mas já houve outros antes. Para mim,
está havendo uma negligência das autoridades em relação aos riscos que estamos
correndo” finalizou.
*Matéria atualizada às 11h21 para acréscimo
de informações
Ouça mais sobre a notícia:
Ouça mais sobre a notícia:
Fonte: Agência Brasil
[full_width]
Nenhum comentário:
Postar um comentário