Junto com a Marinha e Petrobras, o grupo de
técnicos tenta identificar a origem e os responsáveis pelo despejo de petróleo
cru no mar.
Grandes manchas pretas e gosmentas arrastadas
pelo mar chegam a todo momento às areias claras do litoral do Nordeste
brasileiro.
Sua origem é desconhecida, mas seus efeitos
já são devastadores. São mais de 132 pontos com registros de óleo em 61 cidades
de nove Estados diferentes: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba,
Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Ao menos oito animais
morreram sufocados pelo material de origem ainda desconhecida.
Biólogos temem que a poluição se espalhe
ainda mais e chegue a prejudicar a reprodução de animais – entre eles, as
baleias jubarte.
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) informou que tomou uma série de
medidas, em parceria com os Corpos de Bombeiros dos Estados atingidos, para
minimizar os danos desde o dia 2 de setembro, quando foram identificadas as
primeiras manchas.
Junto com a Marinha e Petrobras, o grupo de
técnicos também tenta identificar a origem e os responsáveis pelo despejo de
petróleo cru no mar. O Instituto Tamar suspendeu a soltura de tartarugas
marinhas por conta do problema.
O primeiro resultado dessa força-tarefa
aponta que a substância encontrada nos litorais não é nenhum tipo de derivado
de petróleo, como gasolina ou querosene, mas sim o produto em sua forma bruta,
não processado.
A Petrobras anunciou que suas análises
indicam que o material que está poluindo as praias não é produzido no Brasil.
Na tarde desta segunda-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o
governo federal identificou um possível responsável pelo vazamento.
“Pode ser algo criminoso, pode ser um
vazamento acidental. Pode ser um navio que naufragou também. Agora, é complexo.
Temos no radar um país que pode ser o da origem do petróleo e continuamos
trabalhando da melhor maneira possível”, disse o presidente.
A Petrobras contratou moradores das regiões
afetadas pelo óleo para trabalhar na limpeza das praias. O número de
contratados, porém, vai depender da quantidade de pessoas treinadas para atuar
em situações desse tipo em cada região atingida.
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