O presidente Jair Bolsonaro reuniu-se na
manhã de hoje (14), no Palácio do Planalto, com os advogados
eleitorais Karina Kufa e Admar Gonzaga para discutir o pedido de prestação de
contas direcionado ao PSL. Na sexta-feira (11), Bolsonaro e mais 21
parlamentares da legenda requereram que o diretório nacional apresente
informações sobre as contas da sigla.
O líder do governo na Câmara dos Deputados,
Major Vitor Hugo (PSL-GO), que se reuniu com o presidente após os advogados,
disse que Bolsonaro e o grupo de parlamentares querem mais transparência do
partido no uso dos recursos partidários. Segundo o líder, apenas após a
prestação de contas, o presidente e parlamentares vão decidir sobre a
permanência no partido.
“O momento agora é esse de tomar ciência de
onde os recursos do PSL estão sendo empregados. Houve uma mudança muito grande
da legislatura passada para a dimensão do partido nessa legislatura. Um partido
que só tinha um deputado federal no começo da legislatura passada para mais de
50 agora. Então o Fundo Partidário aumentou, o Fundo Eleitoral vai aumentar”,
disse o deputado.
Na última quarta-feira (9),
o porta-voz do Palácio do Planalto, Otávio Rêgo Barros, afirmou que
o presidente não pretende, por enquanto, tomar a decisão de sair do PSL.
"Ele [Bolsonaro] destacou que não pretende deixar o PSL de livre e
espontânea vontade. Qualquer decisão nesse sentido seria unilateral",
afirmou Rêgo Barros em entrevista a jornalistas. Durante a tarde,
Bolsonaro se reuniu com
pelo menos 15 deputados federais do partido para discutir a situação da
legenda.
No mesmo dia, mais cedo, a advogada
eleitoral Karina Kufa afirmou que há desgaste na relação entre o
presidente e dirigentes nacionais do PSL. Ela e o ex-ministro do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) Admar Gonzaga também participaram da reunião
de Bolsonaro com parlamentares do PSL e disseram que estudam uma
forma de os deputados deixarem a sigla sem serem punidos com a perda de
mandato por causa da regra sobre infidelidade partidária. No caso do presidente
e outros integrantes do PSL com cargo majoritário (governador, prefeito e
senador), uma eventual troca de partido não é vedada pela legislação.
Fonte: Agência Brasil
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