O presidente Jair Bolsonaro pediu hoje (10) a
confiança dos investidores afirmando que é preciso fazer o casamento entre o
progresso e a preservação ambiental. “O Brasil tem reservas minerais,
biodiversidade, águas potáveis, grandes espaços vazios cobiçados, riquezas
naturais, nossos sete pantanais, uma costa maravilhosa, parques nacionais,
temos tudo para ser aquela nação dos sonhos de todos nós. E nós queremos
repartir isso com vocês, os senhores que estão aqui acreditando no Brasil”,
disse.
Bolsonaro participou da abertura do Fórum de
Investimentos Brasil 2019, em São Paulo, e afirmou que o país respeita
contratos. “A confiança, a responsabilidade, a retaguarda jurídica, a garantia
está acima de tudo para nós, e dessa forma é que queremos cativá-los”.
Ao lado de vários ministros, o presidente
destacou a atuação e autonomia da sua equipe na condução da política
governamental e disse que “é bom trabalhar com pessoas que têm capacidade de
antecipar problemas”.
“Eu, como técnico de um time de 22 ministros,
para a gente entrar em campo e ganhar o jogo eu tenho que ter a confiança
deles, eles confiarem em mim, para que vocês possam também confiar em nós e
acreditar que esse país, de fato, mudou”, disse.
O presidente citou o estado de Roraima e a
produção de arroz por fazendeiros, que acontecia na Terra Indígena Raposa Serra
do Sol, antes de sua demarcação em 2005. “Os rizicultores queriam apena 1%
daquela área para continuar produzindo arroz, não conseguiram. Roraima hoje importa
arroz. Nós temos que fazer esse casamento”, defendeu. “É um estado riquíssimo,
mas que está engessado por certas legislações, que queremos mudá-las para o bem
do seu povo. E seu povo tem brancos, negros e índios, em especial, índios, que
querem se integrar, que são por vezes latifundiários pobres em cima de terras
ricas”, ressaltou.
Ao falar sobre a Amazônia, Bolsonaro destacou
sua biodiversidade, riquezas minerais e pontos turísticos e disse que quer
explorá-las de forma sustentável. “Fazer com o que ela tem de bom sirva par nós
e para a humanidade. Nós queremos legalizar os garimpos na região para os
brancos e para os índios, para o bem deles”, disse.
Para o presidente, entretanto, a legislação é
um entrave para a desenvolver o potencial de muitas regiões. “Se formos para o
Centro-Oeste veremos seu potencial agrícola, os problemas que tem por causa de
alguma legislação, que não é fácil sua mudança, porque a agenda mundial está
agora calcada na questão ambiental. E nós queremos preservar o meio ambiente e
queremos casá-lo com o progresso. Isso que está aqui é nosso, pode ser
explorado, pode ser preservado para o bem de todos nós”, destacou.
Oportunidade de negócios
Nesta terceira edição do fórum o objetivo é
apresentar a investidores estrangeiros as oportunidades de negócios em setores
estratégicos da economia brasileira, como infraestrutura, energia, agronegócio,
tecnologia e inovação. O evento é organizado pelo governo brasileiro, por meio
da Apex-Brasil, e dos ministérios de Economia e das Relações Exteriores, em
parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Durante o fórum, medidas econômicas e
melhorias no ambiente de negócios, como a reforma da Previdência e a Lei da
Liberdade Econômica, serão apresentadas como atrativo para os investidores
estrangeiros, de forma a gerar lucro e empregabilidade.
Em seu discurso, o ministro da Economia,
Paulo Guedes, disse que a sociedade brasileira está traçando uma dinâmica de
uma sociedade aberta, com poderes independentes e usando a democracia e os
mercados como guia. “O Congresso [Nacional] é maduro, [os parlamentares] estão
apoiando as reformas em bases orgânicas, entendendo que é uma coalizão política
de centro-direta, depois de 30 anos de centro-esquerda, de social-democracia.
Nós estamos indo em direção a liberal-democracia”, disse.
Guedes destacou os acordos comerciais, a
aproximação do Brasil com diversos países, o destravamento de negócios, as
privatizações, a aprovação de reformas e as mudanças no ambiente de negócios
com a desregulamentação, desestatização e a alavancagem do crédito privado.
“Desalavancamos os bancos públicos. Pela
primeira vez em oito anos o crédito privado, o fluxo e o estoque, superam o
crédito público, o que significa que o crescimento que está começando agora é
um crescimento sustentável, saudável, não é uma bolha estimulada
artificialmente por governos. É a primeira vez que a inflação desce com o
crescimento econômico reacelerando”, disse.
Fonte: Agência Brasil
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