O Corpo de Bombeiros do Ceará confirmou no
início da tarde de hoje (17) o resgate de mais um corpo dos escombros
do edifício Andrea, que desabou na última terça-feira (15), em Fortaleza.
A vítima é uma mulher ainda não identificada.
Com isso, subiu para cinco o número de mortes
já confirmadas pelas autoridades. Três das vítimas já foram identificadas.
São elas Antônio Gildasio Holanda Silveira, de 60 anos, cujo corpo foi
encontrado esta manhã; Frederick Santana dos Santos, de 30 anos; e Izaura
Marques Menezes, de 81 anos.
As equipes de busca continuam tentando
localizar cinco pessoas que, segundo parentes, estavam no interior do prédio no
momento do acidente. Só hoje, cerca de 250 bombeiros estão trabalhando nos
resgates das vítimas – operação na qual estão sendo empregados cinco cães
farejadores, além de equipamentos como drones, utilizados na varredura da área,
e uma plataforma mecânica.
A Polícia Civil instaurou inquérito policial
para apurar as circunstâncias do desabamento do Edifício Andrea e as eventuais
responsabilidades. Testemunhas já foram ouvidas, e as apurações estão em
andamento.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
(Crea-CE) também criou uma comissão para analisar a situação legal da
construção. Em entrevista à Agência Brasil, o presidente do conselho,
Emanuel Maia Mota, reafirmou que, na segunda-feira (14), véspera do
desabamento, o engenheiro civil José Andreson Gonzaga dos Santos registrou, no
conselho, uma Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) relativa a uma reforma
no prédio. A ART é o documento que define os responsáveis técnicos por qualquer
empreendimento de engenharia, arquitetura e agronomia.
Mota disse ainda não saber se o serviço
previsto chegou a ser iniciado. Segundo ele, o Crea já tentou fazer contato com
o engenheiro civil a fim de obter mais informações, mas não o localizou. “O
telefone que temos registrado não atende às chamadas. Mandamos um ofício para o
endereço do cadastro e estamos aguardando uma resposta, um contato, pois
precisamos esclarecer uma série de dúvidas”, disse Mota, acrescentando que
o engenheiro civil está em situação regular e solicitou o registro profissional
há poucos meses.
A Agência Brasil não conseguiu
localizar nenhum contato do engenheiro civil. Além disso, também não foi
possível, até o momento, identificar os responsáveis pelo registro do imóvel.
Fonte: Agência Brasil
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