O presidente em exercício, Hamilton Mourão,
disse hoje (21) que as medidas de contenção da macha de óleo que avança
sob o Nordeste são complicadas pois, como não se consegue detectar a origem do
vazamento, não há previsibilidade sobre o seu caminho. "É um caso único no
mundo. As próprias medidas de contenção são complicadas, o máximo que a gente
pode fazer hoje é ter gente capacitada para recolher esse
óleo que chega às praias e é isso que estamos fazendo", disse, ao deixar o
gabinete da Vice-Presidência, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Mourão destacou que todas as medidas do Plano
Nacional de Contingência foram tomadas e que o Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está à frente da
operação com apoio de outros órgãos, como Marinha e Petrobras. O governo também
continua a busca para saber a causa do desastre ambiental. Nesta tarde, o
presidente em exercício se reúne com autoridades para avaliar a situação.
De acordo com o Ibama, o petróleo cru que
chegou ao litoral do Nordeste está em uma camada superficial, que não pode ser
visualizado em imagens de satélites, sobrevoos e monitoramento por sensores.
Mais de 525 toneladas de resíduos já foram recolhidas das praias.
Viagem ao Peru
Na quarta-feira (23), Mourão viaja ao
Peru para a assinatura de um acordo entre a Marinha brasileira e a peruana
para troca de embarcações. Em Lima, ele se reúne com o Conselho de Ministros e
com o presidente do Peru, Martín Vizcarra. A previsão é que o vice-presidente
retorne na sexta-feira (25).
Mourão assumiu a Presidência com a viagem do
presidente Jair Bolsonaro ao Japão. Bolsonaro fará um giro de
dez dias por cinco países da Ásia e do Oriente Médio. Como o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia, também deve sair do país enquanto Mourão estiver no
Peru, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre deve assumir o Executivo.
Antes disso, amanhã (22), Alcolumbre comanda
a sessão de votação em segundo turno do texto principal da reforma da
Previdência, pelo plenário do Senado. Para Mourão, a expectativa é que o texto
seja aprovado com tranquilidade. “Pela conversa que tive com o Davi
Alcolumbre desde a semana passada, ele não vê problemas na votação de amanhã”,
disse.
Fonte: Agência Brasil
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