Em entrevista a Datena, presidente comparou
declarações de Eduardo à matéria da Globo sobre seu suposto envolvimento com
caso Marielle
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) reagiu,
novamente, às declarações do filho Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) de que o governo
poderia responder com “novo AI-5” a uma teórica “radicalização da esquerda”. Jair Bolsonaro (PSL) declarou que o filho “falou demais”
e, agora, está “levando porrada”.
Em entrevista ao programa de José Luiz
Datena, ele comparou a situação de Eduardo à Globo, que publicou, na última
terça-feira (29/10/2019), matéria que mostrava uma citação ao nome do presidente nas investigações sobre
o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson
Gomes.
Perguntado sobre sua opinião acerca da
liberdade de imprensa, ele disse que “tem que ter [liberdade]”, mas se queixou
porque a Globo não teria interesse em ouvi-lo. “Tem que ter
liberdade de opinar, discordar, criticar, tem que haver. Imprensa tem que ser
livre. Lamento só quando falam demais e não me dão espaço para falar no Jornal
Nacional ao vivo.”
Bolsonaro voltou a fazer críticas à matéria
do Jornal Nacional. A reportagem se baseia em depoimento de um porteiro do
condomínio onde o presidente tem casa no Rio de Janeiro. No depoimento, ele
disse que o policial militar Élcio Queiroz, um dos suspeitos no caso, teria
dito na portaria que iria à casa de Bolsonaro, mas seguiu para a casa de outro,
Ronnie Lessa, apontado como o matador de Marielle.
Aos investigadores, o porteiro disse que
ligou para a casa de Bolsonaro e que o “seu Jair” autorizou a entrada de Élcio.
“Disseram que ligaram para a minha casa, não é verdade.” O presidente também
declarou que não haveria qualquer fato pregresso entre ele e a vereadora que
pudesse justificar uma participação sua no caso: “Nada, zero”.
Ainda sobre veículos de mídia, Bolsonaro voltou a disparar contra a Folha de São Paulo, alvo
recorrente das críticas presidenciais: “Recebi a Folha há uns de 45 dias [para
uma entrevista], no dia seguinte foi um festival de desinformação. Não tem nada
do que eu falei, só saiu desinformação, não dá para confiar”. Ele disse ainda
que cancelou assinaturas do jornal em todo o governo federal: “Não me acuse de
censura, quem quiser comprar, vá na banca e compre, eu não quero mais saber”.
Fonte: Metrópoles
[full_width]
Nenhum comentário:
Postar um comentário