Manifestantes do Greenpeace foram detidos
nesta quarta-feira (23) após realizarem um protesto na frente do Palácio do
Planalto em Brasília, contra a política ambiental do presidente Jair
Bolsonaro (PSL).
Eles foram levados para a 5ª delegacia de
polícia do Distrito Federal, após ocuparem faixas na avenida em frente à sede
da presidência da República, com adereços relacionados aos problemas ambientas
enfrentados pelo país, como barris de petróleo, em referência às manchas de
óleo no Nordeste, e motosserras, que representam o desmatamento das florestas.
Além dos adereços, os manifestantes levaram
também troncos de árvore e derramaram um líquido no asfalto, para simular o
petróleo.
De acordo com a Polícia Militar do Distrito
Federal (PMDF), 19 manifestantes podem ter cometido crimes ligados
a condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e, por isso, foram
levados para prestar depoimento.
Segundo o Greenpeace, a madeira
utilizada no protesto foi trazida da Amazônia legal e o óleo foi feito de
maisena, água, óleo de amêndoas e corante líquido preto, e não é permanente.
Além disso, defendem que "protesto pacífico é um direito garantido na
Constituição e não configura crime".
Depois de prestarem esclarecimentos, os
manifestantes foram liberados. De acordo com o Greenpeace, nenhuma queixa foi
prestada.
Governo Bolsonaro e as ONGs
O protesto de hoje chamou a atenção do
ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que publicou uma mensagem no Twitter
criticando a ação. “Não bastasse não ajudar na limpeza do petróleo venezuelano
nas praias do Nordeste, os ecoterroristas ainda depredam patrimônio público”,
afirmou.
Essa é a segunda mensagem de Salles contra a
instituição nesta semana. Na segunda-feira (21), ele publicou um vídeo
ironizando o fato dos apoiadores da ONG não estarem ajudando na coleta do óleo
das praias nordestinas.
Já na terça-feira (22), o presidente
Bolsonaro criticou as ONGs, sem mencionar o Greenpeace. No Twitter, afirmou que
era “no mínimo estranho o silêncio de ONGs” sobre o óleo nas praias do
Nordeste.
Fonte: Congresso em Foco
[full_width]
Nenhum comentário:
Postar um comentário