Funcionários da Prefeitura de Ipojuca e
voluntários trabalham para limpar a substância encontrada em Maracaípe, Cupe e
Muro Alto
As manchas de óleo que atingiram o litoral do
Nordeste apareceram neste sábado (19) em Ipojuca, em Pernambuco. Funcionários
da prefeitura, com ajuda de voluntários da sociedade civil, trabalham desde a
madrugada para limpar a substância encontrada em Maracaípe, Cupe e Muro Alto,
praias vizinhas a Porto de Galinhas.
A prefeitura de Ipojuca havia instalado
barreiras de contenção na foz do Rio Maracaípe, para tentar minimizar o impacto
ambiental no estuário – ambiente aquático de transição entre um rio e o mar – e
evitar que o óleo entre no rio. Mas não foram suficientes. Agora, grupo tenta
retirar a substância das praias.
Além das barreiras, os 33 quilômetros do
litoral ipojucano estão sendo monitorados pela Secretaria de Defesa Social,
através de 70 câmeras da Central de Monitoramento e por biólogos, oceanógrafos,
engenheiros de pesca e florestal da Secretaria de Meio Ambiente. Foi montada
uma tenda da Defesa Civil na Vila de Todos os Santos, no Pontal de Maracaípe,
onde o QG do Comitê de Crise está instalado.
O derrame de petróleo, cuja causa é
desconhecida, tem atingido praias do Nordeste desde o início de setembro e já
afeta 194 pontos, do Maranhão à Bahia, além de 15 unidades de preservação.
O MPF (Ministério Público Federal) ajuizou
ação contra a União, requerendo que a Justiça Federal obrigue o governo a
acionar em 24 horas o Plano Nacional de Contingência para Incidentes de
Poluição por Óleo em Águas sob Jurisdição Nacional (PNC). Em caso de
descumprimento, a multa diária será de R$ 1 milhão.
O governo federal afirma que está tomando
todas as medidas para a identificação, o recolhimento e a destinação correta do
óleo que atinge o litoral do nordeste brasileiro, além das investigações para
descobrir a origem do vazamento. E que as ações do PNC e do Grupo de
Acompanhamento e Avaliação (GAA) estão em pleno funcionamento.
Fonte: R7
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