Serviços e indústria de transformação puxaram
abertura de vagas
Beneficiada pelos serviços e pela indústria,
a criação de empregos com carteira assinada atingiu, em setembro, o maior nível
para o mês em seis anos. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, 157.213 postos formais de
trabalho foram criados no último mês. O indicador mede a diferença entre
contratações e demissões.
A última vez em que a criação de empregos
tinha superado esse nível foi em setembro de 2013, quando as admissões
superaram as dispensas em 211.068.
A criação de empregos totaliza 761.776 de janeiro a setembro, 6% a mais que no mesmo período do ano passado.
Setores
Na divisão por ramos de atividade, sete dos
oito setores pesquisados criaram empregos formais em setembro. O campeão foi o
setor de serviços, com a abertura de 64.533 postos, seguido pela indústria de
transformação (42.179 postos). Em terceiro lugar, vem o comércio (26.918
postos).
O nível de emprego aumentou na construção
civil (18.331 postos); na agropecuária (4.463 postos), no extrativismo mineral
(745 postos) e na administração pública (492 postos). O único setor que demitiu
mais do que contratou foram os serviços industriais de utilidade pública,
categoria que engloba energia e saneamento, com o fechamento de 448 postos.
Tradicionalmente, a geração de emprego é alta
em setembro, por causa da produção da indústria para o natal e do
aquecimento do comércio e dos serviços para as festas de fim de ano. Na
agropecuária, o início da safra de cana-de-açúcar é a principal responsável
pela geração de empregos, principalmente no Nordeste.
Regiões
Todas as regiões brasileiras criaram empregos
com carteira assinada em setembro. O Nordeste liderou a abertura de vagas, com
57.035 postos, seguido pelo Sudeste (56.833 vagas) e pelo Sul (23.870 vagas). O
Centro-Oeste criou 10.073 postos, e o Norte abriu 9.352 vagas formais no mês
passado.
Na divisão por estados, todas as 27 unidades
da Federação geraram empregos no mês passado. As maiores variações positivas no
saldo de emprego ocorreram em São Paulo (abertura de 36.156 postos), em
Pernambuco (17.630), em Alagoas (16.529) e no Rio de
Janeiro (13.957).
Rais
O Ministério da Economia também divulgou os
números da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) de 2018. O ano passado
fechou com 46, 63 milhões de vínculos, 349,52 mil a mais do que em 2017, o que
corresponde a um aumento de 0,8% nos postos com carteira assinada no país.
No ano passado, foram abertos na iniciativa
privada 371.392 postos de trabalho com carteira assinadaa, 1,02% a mais do que
em 2017. Houve crescimento em quatro das cinco regiões do país, com liderança
para o Nordeste, onde a oferta de vagas subiu 1,21%. A segunda maior
alta foi registrada no Sul (1,1%), seguido pelo Norte (0,96%) e pelo Sudeste
(0,67%). Apenas no Centro-Oeste, houve fechamento de postos de trabalho, com
queda de 0,52%.
Das 27 unidades da federação, 19 fecharam com
desempenho positivo no emprego formal – principalmente Maranhão, Mato Grosso,
Amapá, Santa Catarina e Amazonas.
O aumento no emprego foi maior na faixa de
trabalhadores de 40 a 49 anos, com a abertura de 258 mil vagas. Em segundo
lugar, vieram os empregados de mais de 50 anos (153 mil vagas), seguido pela
faixa de 30 a 39 anos (83 mil vagas). A diferença entre homens e mulheres
diminuiu levemente, com o emprego feminino subindo de 40% em 2017 para 40,1%
dos postos de trabalho em 2018.
Em relação à escolaridade, o maior
crescimento foi registrado entre os trabalhadores com ensino superior completo
(458 mil vagas), seguido pelos que têm o ensino médio (373 mil) e o superior
incompleto (69 mil). Nos demais níveis de educação, houve fechamento de vagas.
Fonte: Agência Brasil
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