Em crise com a sigla pela qual foi eleito, o
presidente tem dito publicamente que planeja criar um novo partido
O presidente Jair Bolsonaro deve anunciar nesta
terça-feira (12/11/2019) que está mesmo de saída do PSL, partido pelo qual
foi eleito. A crise entre o chefe do Executivo e o partido é publica e
Bolsonaro não tem tentado esconder a disposição em criar um novo partido.
Segundo aliados, o político vai aproveitar
uma reunião com a bancada do PSL nesta próxima terça-feira (12/11/2019), no
Palácio do Planalto, para fazer o anúncio oficial.
A troca por um partido já existente seria uma
opção para Bolsonaro — uma vez que chefes do Executivo, além de senadores, não
são enquadrados nas regras de fidelidade partidária. A criação de uma nova
sigla, porém, serve aos deputados federais e estaduais que gostariam
de seguir Bolsonaro, afinal a legislação permite a troca a qualquer momento se
não for para uma legenda que esteja sendo criada.
Nas últimas semanas, Bolsonaro tem sinalizado
que gostaria de criar um partido “do zero”, mas o Metrópoles já
mostrou que a intenção de juntar pela internet as quase 500 mil
assinaturas necessárias ainda não é possível. A pedido de um integrante do
Movimento Brasil Livre (MBL), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está avaliando
a possibilidade de assinaturas digitais valerem como as físicas, mas a questão
ainda aguarda julgamento e não há prazo para que isso ocorra.
Outra opção
Como Bolsonaro pretende ter o novo partido
operando até março de 2020 — para que a sigla possa ter candidatos na eleição
municipal de outubro —, outra opção seria embarcar em um partido que já esteja
quase aprovado. Atualmente, tramitam no TSE 76 processos de criação de siglas.
A opção pela criação de um novo partido dá a
Bolsonaro a oportunidade de atrair não apenas a ala do PSL que está alinhada a
ele, mas políticos de outros partidos aliados, como Novo, DEM e PL.
A reunião inicialmente seria apenas com a ala
“bolsonarista” da bancada, mas, nesta segunda-feira (11/11/2019), parlamentares
da ala “bivarista” também foram chamado — menos integrantes cuja relação está
muito desgastada, como os deputados federais Delegado Waldir (GO) e Joice
Hasselmann (SP).
Fonte: Metrópoles
[full_width]
Nenhum comentário:
Postar um comentário