Parte dos recursos serão
destinados para a compra de painéis solares
O ministro da Educação, Abraham Weintraub,
anunciou hoje (29) que o governo vai disponibilizar R$ 125 milhões em
recursos extras para as universidades federais. De acordo com o ministro, 65%
dos recursos serão destinados para a aquisição de painéis solares e o restante
para a conclusão de obras paradas ou em andamento.
“Estamos liberando recursos para
investimentos em energia fotovoltaica renovável e isso vai liberar orçamento na
veia para as universidades”, disse o ministro.
Os recursos, advindos de remanejamento do
orçamento da Secretária de Educação Superior (Sesu), serão distribuídos para
todas as 63 universidades federais, que em média receberão cerca de R$ 2,5
milhões. Mas, segundo o secretário de Ensino Superior, Arnaldo Lima, terão
acesso a um volume maior de recursos as universidades que estiverem melhor
classificadas em um ranking do ministério que avalia a qualidade e desempenho e
que tenham o menor custo por aluno.
Para tanto, as universidades foram
classificadas em cinco faixas. Quanto maior for a pontuação no ranking, maior
será o volume de recursos recebidos.
De acordo com a assessoria do ministério, o
objetivo é beneficiar as universidades que possuem menores condições
orçamentárias de realizar esse tipo de investimento. A estimativa do Ministério
da Educação é que após a implantação dos painéis haja uma redução média nas
contas de luz das universidades de até 25,5 milhões por ano.
Mercosul
Durante a coletiva de imprensa para anunciar
a liberação dos recursos, o ministro disse ainda que o Brasil não vai mais
participar das reuniões do Mercosul, grupo que reúne Brasil, Argentina,
Uruguai, Paraguai e Venezuela, que tratam de educação.
Segundo o ministro a decisão foi motivada por
não haver “resultados concretos” das reuniões. O ministro também afirmou que,
na prática, a decisão não muda a relação do Brasil com o Mercosul.
“Depois de 28 anos que o Brasil está
participando na área educacional do Mercosul, a decisão do governo é a partir
de hoje começar a discutir apenas relacionamentos bilaterais com Argentina,
Paraguai e Uruguai”, disse Weintraub. “Tudo que tiver de iniciativa na área de
educação vai ser mantida a única coisa é que essas reuniões não vão acontecer
mais com a presença do Brasil”, afirmou.
Para Weintraub, a realização de reuniões
bilaterais são mais efetivas. “Numa conversa bilateral conseguimos avançar
muito mais rapidamente. Na reunião [do grupo] que tivemos hoje apenas
o ministro [da Educação] do Paraguai veio, a Argentina mandou alguém da
Embaixada e o Uruguai não mandou ninguém”, disse.
Fonte: Agência Brasil
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