Mesmo com início das chuvas,
região registrou 10,2 mil focos até esta sexta. Crescimento é de 30% em relação
ao mês passado
Depois de chegar ao menor valor da série
histórica em outubro, o número de focos de queimadas na Amazônia voltou
a subir em novembro, mesmo com o início das chuvas em algumas regiões. Foram
registrados até esta sexta-feira (29/11/2019), 10.223 focos. É uma alta de 30%
em relação ao mês passado (que teve 7.855 focos) e de 15% em relação ao mês de
novembro de 2018.
Os incêndios no bioma amazônico, que tinham chamado a atenção
internacional em agosto após atingirem os maiores níveis desde 2010, caíram em
setembro e outubro, em parte por conta das ações das Forças Armadas na região
com o estabelecimento de uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
O bom resultado de outubro com os incêndios tem
sido usado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, como um exemplo
de que o governo tem agido contra a ilegalidade. Ele usou esse argumento como
contraponto quando anunciou a alta de desmatamento revelada pelo sistema
Prodes, do Inpe, para o período de agosto do ano passado a julho deste ano, de
29,5% – a maior desde 2008.
Mas, como o Estado revelou em diversas
reportagens, os índices de desmatamento continuaram crescendo em setembro ( e
outubro, assim como a extração de madeira por meio de corte seletivo. No ano, o
número de queimadas da Amazônia também é mais alto que o de 2018. Até esta
sexta, foram registrados 84.828 focos, ante 68.345 no ano passado inteiro –
alta de 24%.
O Estado não conseguiu contatar o ministério
na noite desta sexta. À TV Globo, em comentário sobre o desmatamento, Salles
disse: “Somente as operações de fiscalização, comando e controle não vão
resolver o problema. Tem que melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem
na Amazônia, com prosperidade e desenvolvimento econômico sustentável. Isso sim
é uma solução duradoura.”
Fonte: Metrópoles
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