Ministro avaliou que o andamento não foi
comprometido e atribuiu qualidade do conteúdo à “postura republicana do governo
Bolsonaro"
O ministro da Educação, Abraham
Weintraub, afirmou na noite deste domingo (10/11/2019) que houve “sabotagem” no
Enem 2019 para “aterrorizar a população brasileira” e negou vazamento de
conteúdo. Na avaliação do ministro, a realização do exame não foi comprometida.
“Não é um vazamento interno. Não teve nada a
ver com o Enem. Na ponta, indivíduos desses 5 milhões de pessoas que fazem o
Enem, estatisticamente irrelevantes, ao final da prova, antes do período
autorizado, se comportaram de forma inadequado. Portanto, o risco foi zero”,
justificou.
Neste último dia de exame, um homem que
divulgou o conteúdo antes do horário permitido já foi identificado e um boletim
de ocorrência foi registrado. O ministro não soube precisar quantas ocorrências
foram registradas relacionadas à divulgação irregular da prova. “Não foi só um.
Teve mais casos aí. A gente fez boletim de ocorrência”, disse.
De acordo com o chefe da pasta, os casos são
isolados e não comprometem a aplicação do exame. “Se um dia essa cara de 18
anos fizer uma entrevista de emprego — não sei se é o caso dessa pessoa
específica, porque deve ser um playboy — vai ter que se explicar porque fez um
ato ilícito”, disse. Weintraub disse ainda que os jovem não ficaram presos
porque no Brasil “não se consegue manter na cadeia nem mesmo um ladrão
contumaz”. Mudando de assunto falou: “Não vou polemizar”.
Segundo Weintraub, duas mulheres de Fortaleza
(CE) foram pagas para prejudicar o andamento da prova e o fizeram de forma
premeditada no primeiro dia de aplicação.
“Aplicadoras fizeram aquela sabotagem,
gerando mal estar para toda a população. Foram identificadas, localizamos ela,
e agora vão passar dias maravilhosos. Já estou conversando com a Polícia
Federal. Aparentemente, são militantes”, disse.
Em um contexto geral, Weintraub disse que o
Enem 2019 foi o melhor dos últimos anos, destacou a ausência de questões
político-ideológicas e atribuiu o formato à “postura republicana do governo
Bolsonaro”.
“A gente não está vendo nenhuma crítica
técnica em relação às provas. Acho que foi um sucesso. Queria bater palma para
toda a equipe”, afirmou.
Vazamento no primeiro dia
Na semana passada, o Inep informou
ser verdadeira a imagem da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019
que circula nas redes sociais. A foto teria sido feita em Pernambuco, de acordo
com o ministro da Educação, Abraham Weintraub. A origem e a identidade do
responsável pela divulgação da imagem estão sob investigação pelos órgãos
competentes.
O ministro da Educação usou as
redes sociais para informar que a divulgação da foto não compromete o exame.
“Todos os procedimentos [de segurança] já haviam sido realizados, a prova já
havia sido distribuída para todo mundo e alguém tirou a foto e colocou nas
redes”, explicou o ministro.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o
ministro disse que a suspeita é de que o vazamento e a publicação tenha partido
do estado de Pernambuco.
“Isso aparentemente aconteceu em Pernambuco e
a gente já está chegando ao nome da pessoa”, disse o ministro em vídeo
publicado no Twitter. Segundo ele, o caso está sendo investigado pela Polícia
Federal.
O ENEM segue 100%! A foto da prova é verdadeira, porém, foi tirada e postada após o início do exame e da realização dos procedimentos de segurança. Tudo dentro da normalidade. pic.twitter.com/ZwDSWQEcx3— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) November 3, 2019
As apurações apontam que um aplicador de
prova teria pegado o exame da prova de um ausente e tirou a foto.“Agora ele vai
ter que responder na Justiça”, disse o ministro. “Ninguém foi lesado, mas houve
a tentativa de colocar em xeque o Enem”, avaliou.
Fonte: Metrópoles
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