Em vez de Confederação Brasileira de Futebol, o documento é assinado pela "Confederação Brasileira de Fitebol"
Revoltada com a arbitragem na partida de estreia de
Seleção contra a Suíça, a Confederação Brasileira de Futebol decidiu enviar um
documento formal à Fifa questionando a atuação do árbitro mexicano Cesar Ramos.
O problema é que a entidade cometeu uma pequena gafe no documento e acabou
errando o próprio nome. Em vez de Confederação Brasileira de Futebol, a carta é
assinada pela "Confederação Brasileira de Fitebol".
Na carta, enviada à Comissão de Arbitragem da Fifa, a
CBF declara que considera estranho que Ramos não tenha nem solicitado a
utilização do árbitro de vídeo no lance. Para a entidade, o protocolo para o
uso do VAR não foi cumprido pelo juiz, seus assistentes e pelos árbitros de
vídeo, sendo que o recurso já foi usado em diversas oportunidades em outras
partidas do início desta edição da Copa do Mundo.
Os brasileiros também reclamaram de um pênalti em
Gabriel Jesus, que teria sido puxado por um zagueiro dentro da área, no segundo
tempo. Mas o próprio técnico Tite entendeu ser sido este um lance
interpretativo, assim como outros membros da sua comissão e até mesmo
companheiros do atacante do Manchester City, que assegura ter sido derrubado no
lance, quando o placar estava empatado em 1 a 1.
Para os membros da CBF e da seleção, se os lances eram
duvidosos, deveria ter ocorrido a consultar ao VAR, mesmo que o árbitro optasse
por não marcar a falta em Miranda, principal alvo da reclamação da entidade,
assim como o pênalti em Gabriel Jesus. Além disso, há dúvidas sobre como e se
Ramos recebeu informações de que as duas jogadas reclamadas pela equipe
nacional foram legais.
Em seu comunicado, a CBF faz alguns questionamentos. A
entidade pergunta se Valeri sugeriu ao árbitro principal se ele deveria revisar
algum lance durante o jogo entre Brasil e Suíça, se Ramos pediu orientação dos
responsáveis pelo VAR sobre alguma jogada e se houve qualquer tipo de
comunicação entre eles.
A decisão da CBF foi tomada após uma série de reuniões
envolvendo membros da comissão técnica de Tite e da diretoria da confederação.
A decisão, inclusive, vai em direção um pouco diferente da adotada pelo
treinador na entrevista coletiva após o duelo com a Suíça no último domingo. O
técnico reclamou do trabalho do árbitro mexicano, mas também declarou que a
discussão não deveria ser expandida, até para não ser vista como uma tentativa
de minimizar o resultado negativo da estreia brasileira na Copa do Mundo.
Mais cedo, a Fifa avaliou como boa a atuação de Ramos,
o que teria irritando ainda mais a cúpula da CBF. Essa defesa do trabalho do
árbitro mexicano, inclusive, teria pesado na decisão da confederação de enviar
o documento reclamando do trabalho do juiz no confronto que marcou a estreia do
Brasil neste Mundial.
Corrupção e gafe
Nos bastidores, há o comentário que Tite quer depender
o mínimo possível da força da CBF, depois de ex-dirigentes do órgão, como José
Maria Marin e Marco Polo Del Nero, terem sido acusados de corrupção. Além
disso, houve a gafe do coronel Antônio Carlos Nunes, atual presidente da
entidade, na hora da escolha da sede da Copa de 2026. O Brasil se comprometeu a
votar com a Conmebol pela tripla candidatura de México, Estados Unidos e
Canadá. No entanto, achando que o voto era secreto, escolheu Marrocos. A escolha
acabou sendo revelada e foi criada uma situação incômoda para o país.
Com
informações da Agência Estado
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