Com bloqueio de
R$ 335 mi para adequações e construções rodoviárias, Transportes será o
ministério mais afetado pelo corte no preço do diesel
Governo afirma que “não houve corte” nos valores disponibilizados aos
ministérios
M
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ais de R$
335 milhões do corte anunciado pelo governo federal para cobrir o desconto de
R$ 0,46 no preço do óleo diesel vai atingir adequações e
construções rodoviárias pelo País.
O valor,
publicado pelo Ministério do Planejamento na última quarta-feira (30) em edição
extra do Diário Oficial, corresponde a 22,3% do total de R$ 1.472.955.202 que
foram contingenciados do orçamento do Ministério dos Transportes, Portos e
Aviação Civil, o mais afetado pelo decreto.
Os
recursos bloqueados para a construção e adequação de rodovias seriam utilizados
pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que teve
também reduzido recursos melhorias e construções de terminais fluviais, ramais
ferroviários e travessias urbanas.
Os
valores contingenciados do ministério também atingem a Agência Nacional de
Transportes Terrestres (R$ 1.872.722), a Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (R$ 4.209.562), a Agência Nacional de Aviação Civil (R$ 1.281.127),
o Fundo da Marinha Mercante (R$ 525.110.709) e o Fundo Nacional de Aviação
Civil (R$ 515.675.560).
Ao todo,
os valores reduzidos do Orçamento Nacional para o governo arcar com a redução
no preço do diesel somam R$
9,580 bilhões. Em nota, o Ministério do Planejamento afirma que
“não houve corte” no dinheiro que já havia sido disponibilizado aos
ministérios.
“Os
recursos são provenientes de uma parcela do orçamento que os ministérios já não
tinham autorização para gastar”, garante a pasta, que afirma ainda que o
Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil “teve o seu limite de gastos
ampliado em R$ 285,4 milhões, dos quais R$ 255,4 milhões serão direcionados
para obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”.
As
consideradas “sobras” do Orçamento correspondem a R$ 0,30 da redução no valor
do diesel e serão subsidiados pelo Tesouro Nacional diretamente à
Petrobras. Os R$ 0,16 restantes serão originados pelo corte da Cide
(Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e a redução no
Pis/Cofins.
Procurado
pelo R7, o Ministério dos Transportes disse que não vai se
pronunciar neste momento a respeito dos contingenciamentos anunciados pelo
governo. O DNIT não retornou o contato até a publicação desta reportagem.
Outras
medidas
Para
fechar a conta com o impacto total de R$ 13,5 bilhões causados pelo corte de R$
0,46 no preço do diesel, o governo também vai reduzir de 2% para 0,1% o a
alíquota do Reintegra, programa voltado à exportação. Estima-se que a medida
vai render R$ 2,27 bilhões aos cofres públicos até o fim deste ano.
Outra
decisão anunciada pelo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, foi a
retirada da desoneração das folhas de pagamento de 39 setores da economia. A
expectativa do governo é levantar mais R$ 830 milhões com a medida
Também
foi determinado o fim de benefícios para concentrados de bebidas (R$ 740
milhões) e indústria química (R$ 170 milhões).
Confira
abaixo quanto foi contingenciado de cada um dos ministérios:
Ministério
dos Transportes, Portos e Aviação Civil: R$ 1.472.955.202
Ministério
da Fazenda: R$
994.027.868
Ministério
de Minas e Energia : R$
939.480.783
Ministério
da Ciência e Tecnologia: R$ 820.626.531
Ministério
da Defesa: R$
500.000.000
Ministério
da Saúde: R$
179.603.221
Ministério
da Integração Nacional: R$ 138.734.093
Ministério
da Educação: R$
55.101.206
Ministério
do Desenvolvimento Social: R$ 42.295.790
Ministério
da Justiça e Segurança Pública: R$ 17.070.778
Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento: R$ 12.358.969
Ministério
do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão: R$ 10.351.132
Ministério das Relações Exteriores: R$ 8.937.270
Ministério
do Esporte: R$
8.646.076
Ministério
das Cidades: R$
8.176.474
Ministério
da Indústria, Comércio Exterior e Serviços: R$ 7.728.715
Ministério
do Meio Ambiente: R$
5.129.332
Ministério do Trabalho: R$ 4.967.094
Ministério do Turismo: R$ 1.634.469
Outras
áreas:
Reserva
de Contingência: R$
2.478.190.569
Encargos Financeiros da União: R$ 1.667.955.033
Operações Oficiais de Crédito: R$ 150.000.000
Presidência: R$ 56.029.395
Encargos Financeiros da União: R$ 1.667.955.033
Operações Oficiais de Crédito: R$ 150.000.000
Presidência: R$ 56.029.395
Fonte:
R7
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