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ma das coisas mais esperadas quando o assunto é saúde,
seria uma possível cura para a AIDS. E talvez, isso esteja mais perto do que
você imagina. Isso porque um grupo de pesquisadores – que inclusive são
brasileiros – apresentou um tratamento diferenciado para eliminar o HIV.
Apresentada em abril, a pesquisa brasileira que tem vínculo
com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) demonstra estar muito próxima
de curar definitivamente um paciente com AIDS. Intrigado há mais de seis anos,
o infectologista que também é líder da equipe, Ricardo Diaz, queria saber por
que os medicamentos disponíveis na época (e hoje) não curavam totalmente o portador
de HIV.
“Nós precisávamos determinar quais são as barreiras
que impedem a cura com o tratamento convencional, porque quando o paciente está
tomando o coquetel, mesmo que a carga viral seja indetectável, o vírus ainda
está lá”, esclarece Diaz.
Então, o time de cientistas logo descobriu que o vírus
HIV consegue enganar os antirretrovirais. Ou seja, os vírus percebem o
medicamento e se escondem (sem se multiplicar) dele. Evitando, assim, serem
completamente destruídos.
“Quando o paciente para de tomar o coquetel e o
medicamento não entra mais no organismo, o vírus volta a aparecer e a se
multiplicar rapidamente”, explica o infectologista.
Dividindo 30 voluntários com carga viral indetectável
em seis grupos, a equipe passou a dar um medicamento diferente para cada
subgrupo. Dessa forma, a primeira pesquisa do mundo a fazer testes em humanos
conseguiu fazer progresso.
“Os voluntários que apresentaram uma redução significativa
no número de células contaminadas com o HIV foram os que tomaram, além dos três
que já tomavam, mais dois antirretrovirais: o dolutegravir, o mais forte que
existe no momento, e o maraviroc, uma substância capaz de reverter a latência,
ou seja, de forçar o vírus que está escondido a aparecer”, explica Diaz.
Outro aspecto complementar a esse tratamento foi a
descoberta dupla da equipe de pesquisadores. Sendo a primeira delas a
nicotinamida, vitamina que consegue reverter a habilidade do HIV de se esconder
nas células.
Além disso, também foi descoberto que a auranofina é
capaz de encontrar células infectadas com o vírus HIV e as levar ao suicídio.
O que esperar de tudo isso?
“Com a combinação dos cinco antirretrovirais, da
nicotinamida e da auranofina, nós conseguimos uma redução sem precedentes no número
de células infectadas nesses pacientes. Mas ainda não eliminamos completamente
a carga viral. Ainda restaram algumas células infectadas. Para alcançar a cura
total, desenvolvemos o que chamamos de vacina de células dendríticas”, afirma Ricardo
Diaz.
Segundo os pesquisadores, a vacina é constituída a
partir do vírus e das células do próprio paciente. E, na prática, ela faz com
que o organismo aprenda a detectar células infectadas e as combata.
Porém, deveremos esperar dois meses para saber o
resultado final, que deve ser apresentado no Congresso Mundial de AIDS. Tal
evento ocorre na Holanda, no mês de julho.
Você também ficou ansioso para o resultado? Nós do
Showmetech esperamos que a pesquisa dê certo e que essa seja mais uma vitória
para a humanidade.
Fonte: Ewerton
Vasconcelos
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