Infectologista
diz que o próximo passo será testar a eficácia em grupos de pessoas com maior
risco de contrair o vírus
Pesquisadores
de Israel avaliaram uma nova vacina aplicando em pacientes humanos e realizando
testes em macacos em cinco países: Ruanda, África do Sul, Tailândia, Uganda e
Estados Unidos. Nos pacientes voluntários, a aplicação levou a “respostas
imunes robustas” contra linhagens de vírus do HIV. Já os macacos apresentaram
67% de proteção contra o vírus da Aids.
Para comentar
sobre essa vacina, o Jornal da USP no Ar conversou com o doutor Max Igor Banks
Lopes, médico infectologista, coordenador do Ambulatório de Infectologia do
Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
Há dois tipos
de HIV: enquanto o tipo 2 é restrito à África, o tipo 1 circula no mundo. No
entanto, há vários subtipos que possuem diferenças genéticas entre si. Os
pesquisadores têm como objetivo a criação de uma vacina ampla que pode ser
usada para todos esses subtipos. Na vacina testada, eles selecionaram pontos em
comum dos vários tipos de vírus para conseguir induzir produção de um maior
número de anticorpos, como aconteceu com os macacos.
O médico afirma
que nunca houve um resultado tão eficaz de proteção contra HIV em animais em
outros estudos realizados até agora. O próximo passo será testar sua eficácia
em grupos de pessoas que possuem maiores riscos de contrair o vírus.
Segundo Lopes,
a vacina, além de prevenir, poderia auxiliar no tratamento e no controle de
quem já está infectado. Mas ele reconhece que o fato de as pessoas estarem
vacinadas não as fazem ser imunes por completo e por isso elas devem tomar
medidas básicas de prevenção.
Fonte: USP
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