O Wi-Fi 6 é a próxima geração de Wi-Fi.
No momento, estamos na quinta geração
O Wif-6 está chegando aí, mas você sabe o
que ele significa? A próxima geração do Wi-Fi promete potencializar as nossas
experiências a um próximo nível. E não pense somente que ele se limita a uma
incrementada na velocidade. É muito mais que isso. Suas vantagens vão ser
sentidas a conta-gotas em longo e médio prazo.
Saiba o que nos aguarda.
O que é o Wi-Fi 6?
O Wi-Fi 6 é a próxima geração de Wi-Fi. No
momento, estamos na quinta geração. Ele ainda fará a mesma coisa básica –
conectá-lo à Internet – apenas com várias tecnologias adicionais para que isso
aconteça de maneira mais eficiente, acelerando as conexões no processo.
O quão rápido ele pode ser?
Resposta curta, mas incompleta: 9,6 Gbps. É
muita coisa, na realidade. Isso porque são 3,5 Gbps no Wi-Fi 5, a geração que
você possui em seu smartphone atualmente. Mas a resposta real não é tão doce
quanto poderia ser: essas duas velocidades são valores máximos estipulados,
coisa que você provavelmente nunca atingiria no uso real do Wi-Fi.
E mesmo se você pudesse alcançar essas
velocidades, não está claro que você, de fato, vai precisar delas. Sendo mais
objetivo: a velocidade típica de download nos EUA, por exemplo, é de apenas 72
Mbps – ou menos de 1% da velocidade.
Mas o fato de o Wi-Fi 6 ter um limite de
velocidade muito maior do que seu antecessor ainda é importante. Isso porque
estes 9,6 Gbps não precisam ser direcionados a um único dispositivo. É ainda
melhor, ele pode ser dividido em toda uma rede. Isso significa mais velocidade
potencial para cada um de seus aparelhos.
Mais que velocidade
Em vez de aumentar a velocidade de
dispositivos individuais, o Wi-Fi 6 tem tudo a ver com melhorar a rede quando
vários dispositivos estão conectados. Esse é um objetivo importante, e chega em
um momento importante: quando o Wi-Fi 5 foi lançado, uma família de classe
média dos EUA tinha cerca de cinco dispositivos Wi-Fi.
Agora, as residências têm nove dispositivos
Wi-Fi em média, e várias empresas preveem que vamos atingir até 50 dentro de
alguns anos. A Internet das Coisas (IoT) é real e ela está entrando de fininho
em nosso cotidiano.
Isso significa nada mais nada menos que
todos esses dispositivos conectados simultaneamente podem e vão prejudicar a
qualidade e eficiência da sua rede. Demanda essa que seu roteador atual
provavelmente não daria conta.
A missão do Wi-Fi 6 introduz algumas novas
tecnologias para ajudar a atenuar os problemas decorrentes da colocação de
dezenas de dispositivos Wi-Fi em uma única rede.
Ele permite que os roteadores se comuniquem
com mais dispositivos de uma só vez, enviem dados para vários dispositivos na
mesma transmissão e deixa que os dispositivos Wi-Fi programem os chamados
checkins com o roteador. Juntos, esses recursos devem manter as conexões
fortes, mesmo quando mais dispositivos começarem a exigir dados.
Certo, mas e cada dispositivo?
No início, as conexões Wi-Fi 6
provavelmente não serão substancialmente mais rápidas. Um único laptop Wi-Fi 6
conectado a um roteador Wi-Fi 6 pode ser um pouco mais rápido do que um único
laptop Wi-Fi 5 conectado a um roteador Wi-Fi 5, por exemplo.
A história começa a mudar à medida que mais
e mais dispositivos são adicionados à sua rede. Onde os roteadores atuais podem
começar a ficar sobrecarregados com solicitações de vários dispositivos, os
roteadores Wi-Fi 6 são projetados para manter todos os dispositivos atualizados
com os dados de que precisam.
A velocidade de cada um não é
necessariamente mais rápida do que a alcançada hoje em uma rede de alta
qualidade, mas é mais provável que eles mantenham essas velocidades máximas
mesmo em ambientes mais movimentados. É uma boa para escritórios e redes de
Wi-fi públicas, por exemplo.
No âmbito privado, o cenário é igualmente
positivo: você pode imaginar isso sendo útil em uma casa onde uma pessoa está
transmitindo Netflix, outra está jogando, outra fazendo videochamada e, no meio
disso tudo, um monte de dispositivos inteligentes funcionando a pleno vapor –
uma fechadura, sensores de temperatura, interruptores de luz e assim por
diante.
As velocidades máximas desses dispositivos
não aumentam necessariamente, mas a velocidade que você vê no uso diário típico
provavelmente será otimizada.
Como eu posso adquirir o Wi-Fi 6?
A resposta não é das mais animadoras: você
precisará comprar novos dispositivos. As gerações de Wi-Fi dependem de um novo
hardware, não apenas de atualizações de software. Por isso, você precisará
comprar novos smartphones e laptops para obter a nova versão da tecnologia. Os
novos lançamentos vão possuir a nova geração por padrão.
Ao substituir seu smartphone, laptop e
console de videogame nos próximos cinco anos, você provavelmente levará para
casa novos dispositivos que incluam a versão mais recente do Wi-Fi.
Há uma coisa, porém, que você não pode
abrir mão: um novo roteador. Se seu roteador não suportar o Wi-Fi 6, você não
vai ter nenhum benefício, independentemente de quantos dispositivos compatíveis
você levar para casa.
Novamente, isso não é algo que valha a
curto prazo. Mas se a sua casa estiver repleta de dispositivos inteligentes
conectados e as coisas começarem a ficar lentas em alguns anos, um roteador
Wi-Fi 6 poderá ajudar significativamente.
Como torná-lo mais rápido?
Existem duas tecnologias principais que
aceleram as conexões Wi-Fi 6: MU-MIMO e OFDMA.
O MU-MIMO, que significa, em tradução
literal, “multi-usuário, entrada múltipla, saída múltipla”, já está em uso em
roteadores e dispositivos modernos, mas o Wi-Fi 6 o atualiza. A tecnologia
permite que um roteador se comunique com vários dispositivos ao mesmo tempo, em
vez de transmitir primeiro em um dispositivo e, em seguida, transmitir para o
próximo.
No momento, o MU-MIMO permite que os
roteadores se comuniquem com quatro dispositivos por vez. O WiFi 6 permitirá
que os dispositivos se comuniquem com até oito.
Você pode pensar em adicionar conexões
MU-MIMO, como adicionar caminhões de entrega a uma frota, diz Kevin Robinson,
líder de Marketing da Wi-Fi Alliance, um grupo da indústria de tecnologia que
supervisiona a implementação do Wi-Fi.
A outra nova tecnologia, a OFDMA, que
significa, em tradução literal, “acesso múltiplo por divisão de frequência
ortogonal”, permite que uma transmissão forneça dados para vários dispositivos
de uma só vez.
Estendendo a metáfora do caminhão, Robinson
diz que o OFDMA permite, essencialmente, que um caminhão carregue mercadorias
para serem entregues em vários locais.
Na prática, tudo isso é usado para obter
mais de cada transmissão de um roteador para o seu dispositivo.
Aliado da bateria
Outra nova vantagem do Wi-Fi 6 permite que
os dispositivos possam planejar a comunicação com um roteador, reduzindo o
tempo necessário para manter suas antenas ligadas para transmitir e buscar
sinais. Isso significa menos consumo e melhora a duração da bateria.
Isso tudo é possível devido a um recurso
chamado Target Wake Time, autorizando os roteadores a programarem horários de
check-in com dispositivos.
Não vai ser útil para tudo, no entanto. Seu
laptop precisa de acesso constante à Internet, por isso é improvável que ele
faça uso pesado desse recurso (exceto, talvez, quando ele passa para o estado
de suspensão).
Em vez disso, esse recurso é mais voltado
para dispositivos Wi-Fi menores e de baixo consumo de energia, que precisam
atualizar seu status de vez em quando, como, por exemplo, dispositivos
domésticos inteligentes que ficam inutilizados a maior parte do dia.
Segurança é o nome do meio
No ano passado, o Wi-Fi começou a receber
sua maior atualização de segurança em uma década, com um novo protocolo de
segurança chamado WPA3.
O WPA3 torna mais difícil para os hackers
decifrar senhas, e torna alguns dados menos úteis que outros, mesmo que os
hackers consigam obtê-los. Vale lembrar que os dispositivos e roteadores atuais
podem suportar essa tecnologia, mas é opcional.
Para que um dispositivo Wi-Fi 6 receba a
certificação da Wi-Fi Alliance, o WPA3 é necessário, portanto, a maioria dos
dispositivos Wi-Fi 6 provavelmente já terá incluso esse sistema de segurança
quando o programa de certificação for lançado.
Fonte:
Jornal Pequeno
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