Caso ocorreu entre dois homens em Madri e foi
confirmado pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças
O primeiro caso de transmissão de dengue por
via sexual entre dois homens foi confirmado por autoridades espanholas na
última sexta-feira (08/11/2019). A doença foi detectada em um adulto jovem cujo
parceiro havia viajado a uma zona endêmica. O homem, contudo, não havia estado
no país em que ocorreu a transmissão do companheiro. O Centro Europeu de
Prevenção e Controle de Doenças confirmou as informações do governo espanhol.
Até então, considerava-se que a única forma
de transmissão da doença se dava pela picada do mosquito Aedes aegypti,
vetor da doença. De acordo com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de
Doenças, o caso espanhol é o primeiro de transmissão sexual do vírus da dengue
entre dois homens. Na Coreia do Sul, um outro caso provável de transmissão
sexual entre uma mulher e um homem foi tema de um artigo científico, mas não
chegou a ser confirmado.
O paciente de 41 anos contraiu o vírus após
ter relações sexuais com seu companheiro, que havia sido infectado em Cuba. A
contaminação do homem foi confirmada no final de setembro e intrigou os
médicos, uma vez que o paciente não havia estado no país ou em nenhum outro
local em que a dengue é endêmica. Também não foram encontrados mosquitos no
local em que o paciente vive, na Espanha.
Após apresentar os mesmos sintomas que
o companheiro infectado, os médicos do Hospital Ramón y Cajal realizaram testes
nos espermatozóides dos dois. O exame mostrou que ambos estavam com o mesmo
tipo de vírus que circula em Cuba, ainda que apenas um deles tenha estado no país.
De acordo com a equipe médica que atendeu o
caso, a descoberta é importante uma vez que revela um novo mecanismo de
transmissão do vírus. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
transmissão sexual do zika já foi registrada em diversos países, como
Argentina, Chile, Estados Unidos, França, Itália, Nova Zelândia, Peru e
Portugal. O órgão explica que o vírus zika já foi detectado em sêmen,
sangue, urina, líquido amniótico e saliva, bem como em fluidos corporais
encontrados no cérebro e na medula espinhal.
Para prevenir a contaminação de doenças e
infecções sexualmente transmissíveis, a orientação do Ministério da Saúde é
a utilização de preservativos masculinos ou femininos em todas as relações
sexuais (oral, anal e vaginal), em especial para gestantes e seus parceiros.
Fonte: Metrópoles
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