No Festival Lula Livre, em
Recife, líder petista defende a anulação dos processos que responde, aos quais
chamou de "safadeza", na Lava Jato
Sem desacelerar o discurso contra o governo
de Jair Bolsonaro (PSL), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
prometeu lutar para livrar o Brasil da “quadrilha de milicianos que tomou o
país”, expressão usada pelo petista. Ele disparou o ataque em discurso no
Festival Lula Livre em Recife (PE).
Tiraram de um cidadão de 74 anos 580 dias, trancado em uma prisão, enquanto a verdadeira quadrilha está solta por aí.— Lula (@LulaOficial) 17 de novembro de 2019
“Vocês podem ter certeza de que cada minuto
que eu terei de vida daqui para frente será para libertar o país dessa
quadrilha de milicianos”, cravou Lula. O petista também alfinetou o ex-juiz
federal e hoje ministro de Justiça, Sergio Moro e o procurador da
República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava
Jato em Curitiba.
“Agora a campanha Lula Livre terá que ser
muito maior. Agora é pela anulação da safadeza desses processos (da Lava Jato).
Que apresentem provas contra mim. Eu adoraria. Eu adoraria que o Moro e o
Dallagnol estivessem aqui. Para gente ver quem é safado nesse país”, desafiou.
“O show vai continuar. Na democracia, o show
não pára”, brincou o petista. Durante o discurso, Lula fez questão de citar
especialmente dois personagens: a socióloga Rosângela da Silva, de 52 anos,
apelidada como Janja, e o
ex-candidato ao Planalto em 2018 e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad.
Janja apoiou Lula durantes os meses de prisão
em Porto Alegre e recentemente deixou o emprego público em Itaipu, dentro de um
Programa de Demissão Voluntária (PDV). O casal planeja se casar. O líder
do PT não poupou
elogios para Haddad. “Foi o melhor
ministro da Educação que esse país já teve”, sentenciou.
Quero agradecer a uma mulher: a minha Janjinha. Uma mulher de luta. Nada pode vencer o amor nesse país.— Lula (@LulaOficial) 17 de novembro de 2019
Pelos flancos
Lula não criticou diretamente a política
econômica em marcha, de enxugamento da máquina e dos gastos públicos, conduzida
pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, mas manteve a carga pelos flancos.
“Não queremos mais ser tratados como povo de segunda categoria. Não achamos que
é melhor pingar do que secar”, pontuou, destacando que a população quer
moradia, educação, saúde de qualidade.
Durante o discurso, Lula destacou a
importância da educação. E fez questão de citar os investimentos no ensino ao
longo dos governos do PT. O petista reforçou o bordão que adotou antes da
prisão: “Eu não sou o Lula. Sou uma ideia”.
Fonte: Metrópoles
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