A alegação de muitos
lavradores é que estão sendo representados pela empresa com ações na justiça e
em alguns casos não terem recebido os valores combinados entre associação e
empresa para início das obras da construção de um linhão (rede elétrica de
Bacabeira ao Porto de Pecém no Ceará).
Outros recorreram ao
Sindicato dos trabalhadores rurais alegando que a empresa parece tê-los
enganado quanto ao valor das indenizações a serem repassadas às associações de
lavradores.
Ocorre que a empresa que é
responsável por construir o linhão terceirizou os serviços para a empresa Cobra
que já está instalada no povoado Cana Brava (Água Doce do MA) e na cidade de
Barreirinhas-MA e já iniciou os trabalhos de mapeamento e construção de picos
(abertura de caminhos) por onde deve passar as torres e os fios elétricos em
vários povoados e isso tem deixado os lavradores preocupados.
Muitos moradores como os do
povoado Belágua alegam que a empresa não deveria iniciar os trabalhos sem antes
conversar com a associação, como relatou Floriano Diniz "a empresa já
abriu caminhos e a gente foi conversar com eles e disseram que iam rever, mas continuaram.
A gente não acha certo" comentou.
Participaram da reunião
presidentes de associações, sindicatos, advogados, os vereadores Paulo Rogério
e Raimundo Sintraf, o Centro de Direitos Humanos, o STTR e FETAEMA.
Ainda de acordo com as
reclamações a empresa pode trazer vários prejuízos financeiros aos lavradores,
pois, segundo eles, perderão vários hectares de terras em que não poderão mais
fazer suas roças. Prejuízos sociais, como possíveis atropelamentos de animais e
crianças nas estradas vicinais (segundo um dos palestrantes dos direitos
humanos, isso já ocorre em outras áreas com empreendimentos como esse) por
conta do aumento do tráfego de veículos. E, prejuízos ambientais, como
desmatamento e comprometimento de algumas áreas dos riachos por onde deve
passar.
Tentamos contato com as
empresas mas não conseguimos, fica, pois, o espaço aberto para quaisquer
esclarecimentos.
As imagens abaixo foram
feitas na reunião que aconteceu na manhã da última sexta-feira, às 9h da manhã
no povoado Belágua.
Abaixo imagens das instalações da
empresa Cobra, terceirizada da Argo Energia, no povoado Cana Brava. E, das
placas que a empresa está colocando em vários povoados demarcando os picos a
serem abertos por onde passará o linhão.
Morador enviou fotos mostrando um dos picos abertos pela empresa em que
corta um trecho alagado (rio Barro Duro) entre os povoados Curralinho e
Belágua.
Uma comissão de moradores fez as fotos e reclama que os picos abertos
estão causando sérios impactos como desmatamento em áreas de brejos (às margens
do rio Barro Duro) e em outros trechos atravessando o rio.
Alegam também que as estradas estão esburacando com o tráfego dos
veículos pesados.
Mais uma vez não conseguimos contato com a empresa e fica o espaço
aberto.
Fonte: Blog do Elivaldo Ramos
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