O ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta, afirmou, em entrevista exclusiva à Agência Brasil, que o
programa Conecte SUS, em fase de testes no estado de Alagoas, é o primeiro
passo para informatizar e modernizar a rede de atendimento do Sistema Único de
Saúde, o SUS.
A iniciativa cria uma rede nacional de
dados que permite que usuários do SUS tenham perfis acessíveis por qualquer
profissional de saúde. Dessa forma, todos os procedimentos e recursos
utilizados por esses pacientes estarão disponíveis em um banco online. De
acordo com o ministério, dados como vacinação, procedimentos cirúrgicos,
exames, consultas regulares e medicamentos receitados constarão na ficha médica
do paciente.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique
Mandetta, espera que metade dos estados brasileiros esteja no Conecte SUS até
2021. - Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil
De acordo com o ministro, o uso de
tecnologia para criar filtros e estabelecer parâmetros nos atendimentos
agilizará as filas de espera e, também, auxiliará na distribuição de recursos
estaduais e municipais de forma mais inteligente.
A expectativa do ministro é que metade dos
estados brasileiros esteja ligada ao Conecte SUS até o final de
2021. Leia abaixo a entrevista concedida à Agência Brasil:
Agência
Brasil: Os dados dos perfis de usuários do SUS poderão ser usados pela
rede privada? O usuário pode levar essa "ficha médica" para fora do
SUS?
Luiz Henrique Mandetta: Sim. A ideia é propagar a informação entre os estabelecimentos públicos e privados. Desde que sejam atendidos todos os critérios técnicos de segurança.
Agência
Brasil: Esse novo sistema influencia no tempo de espera do SUS?
Mandetta: Acreditamos que, a partir do
uso da Rede Nacional de Dados (RNDS), teremos uma visão macro sobre os padrões
de atendimento e, com isto, gerar dados robustos para a tomada de decisão,
entre elas, a diminuição da fila. O uso de inteligência artificial pode
auxiliar a identificar prioridades.
Agência
Brasil: Qual a estimativa para que o projeto atinja 100% de cobertura?
Mandetta: O piloto em Alagoas nos ajudará a ter esta visão do impacto do Conecte SUS. O primeiro objetivo é conectar todos os municípios, todas as unidades, para os gestores mapearem as necessidades. Com isso, o gestor pode gerenciar a unidade de saúde. Para um gestor estadual, é o conjunto de cidades e seus indicadores, para poder diminuir a mortalidade infantil e materna, melhorar a saúde mental, garantir o estoque de medicamentos, diminuir a interrupção de medicamentos, abastecer melhor a rede. Em Alagoas, teremos um retrato 3x4 do que vamos encontrar no Brasil no ano que vem. Temos a intenção de termos, até o final de 2021, mais da metade dos estados brasileiros cobertos.
Agência
Brasil: Há novas iniciativas tecnológicas planejadas para o atendimento
público de saúde?
Mandetta: Trabalhamos com a
possibilidade de ter a carteirinha de vacinação digital, um padrão de
prescrição nacional de medicamentos, de diminuir as fraudes e o mau uso dos
serviços de saúde, entre outros.
Fonte:
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário